Inclusão: ser diferente ou igual? A Rede Municipal de Ensino de Chapecó oferece vários projetos de incentivo à inclusão dos estudantes nos mais variados graus e níveis de deficiência, seja motora ou intelectual. Algumas Escolas e Centros de Educação Infantil do Município desenvolveram atividades especialmente voltadas a estes temas com a finalidade de sensibilizar a todos da importância de respeitar e valorizar as diversidades existentes.
Na Escola Básica Municipal Maria Bordignon Destri, os estudantes participaram de dez oficinas diferentes nas quais puderam sentir na prática as limitações e superações que algumas deficiências acarretam às pessoas. As atividades foram pensadas para que todos os estudantes pudessem passar por todas as experiências como: pintar sem usar as mãos, basquete como cadeirante, voleibol sentado, chute ao gol com olhos vendados, experiências sensoriais de tato e paladar, oficina de Libras, entre outras.
A Escola Básica Municipal de Educação de Jovens e Adultos Paulo Freire ofereceu aos estudantes e professores uma palestra com Instrutor do Curso de Libras objetivando a conscientização da importância da educação das pessoas para a inclusão social e também um momento de confraternização dos alunos surdos e destes com a comunidade escolar.
No Centro de Educação Infantil Municipal Pequeno Príncipe as atividades foram alusivas ao dia do surdo e envolveram os familiares de alunos surdos, familiares surdos de alunos ouvintes, professores, a instrutora de Libras do Ceim que foi a palestrante do dia. Além disso, teve atividades diversificadas nas salas de aula com as crianças, como: pinturas, oficina de Libras na qual aprenderam palavras e frases como oi, amo você, e ouviram historinhas interpretadas através de Libras.
Já no Centro de Educação Infantil Municipal Aquarela, o professor Rudinei que é surdo, recebeu uma linda homenagem vinda das crianças e dos colegas professores que, em Libras. De acordo com a Secretária Municipal de Educação, Sandra Maria Galera, a inclusão é um desafio constante. Não é um trabalho solitário do educador ou de uma classe, mas um trabalho coletivo, que deve ser compartilhado por todos na escola e na sociedade, comentou.
Silvia dos Santos é mãe surda de aluna de 03 anos ouvinte. Ela relatou que é surda desde que nasceu e que só aprendeu a Libras através do Projeto desenvolvido no próprio Ceim em 2017. A comunicação com minha filha se dá através de gestos e toques. A criança observa a comunicação entre os pais e já está aprendendo Libras, explicou. A professora da Escola Básica Municipal Maria Bordignon Destri, Eliziane Eckel, espera que os alunos tenham consciência da necessidade de respeitar as diferenças. Precisamos respeitar, no dia a dia, não só os colegas com deficiência mas em todos os lugares, explicou.
Ademir Moro, Atleta Paradesportista, auditor de tributos da Prefeitura de Chapecó, participou como voluntário na escola. Para ele, esta inciativa da escola é importante para demonstrar às pessoas não apenas o Paradesporto, mas também as dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam no dia a dia. Estas ações faz com as crianças aprendam e levem para suas famílias e para a vida o aprendizado, por exemplo de não usarem vagas de estacionamento de deficientes físicos por pessoas sem deficiência, esclareceu. Para Paola Cristina Paimel, aluna do 8º ano da EBM Maria Bordignon Destri, passar por estas experiências na escola será inesquecível. O fato de ter uma deficiência como não ter uma ou duas mãos ou qualquer outro membro traz uma dificuldade muito grande para realizar as atividades de rotina, finalizou.