Foram conhecidos no último domingo (17), os destaques do Dança Chapecó Festival Sul-Brasileiro de Dança. Ao todo, nos quatro dias de evento, subiram ao palco do Teatro Municipal do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, para a mostra competitiva, mais de 1 mil bailarinos de 28 municípios do Sul do País.
Para chegar aos melhores trabalhos apresentados, os jurados Bianca Scliar, Brysa Mahaila, Denys Nevidomyy, Edson Santos e DS Fuel, com renome nacional e internacional no cenário artístico, e trabalho consolidado em diferentes modalidades, avaliaram critérios técnicos como qualidade de movimento, postura, desempenho, ritmo e artísticos como interpretação, criatividade, figurino e coreografia.
Foram escolhidos como destaques do Dança Chapecó 2017, Marcelo Siqueira, do Centro de Artes Paola Zonta, de Pinhalzinho, como Melhor Bailarino; Bárbara Mel Pereira, do grupo de Dança Camila Lorenzetti, de Barra Velha, como Melhor Bailarina; Melhor Grupo, o escolhido foi o Grupo de Dança Camila Lorenzetti; Entre as mais de 230 coreografias, a escolhida pelos jurados como melhor coreografia em 2017 foi Transitivo Indireto, do coreógrafo Arthur dos Santos, de Erechim-RS. Alana Paulini, do Departamento de Cultura de Pinhalzinho foi escolhida como bailarina destaque infantil. Ao todo a premiação soma mais de R$ 4 mil.
É uma realização. O festival sempre me inspirou como bailarino. Poder estar agora sendo inspiração para os outros colegas é muito bom, pois eu tento trazer para o palco todo o meu sentimento e sensibilidade, explica Marcelo Siqueira, premiado como Melhor Bailarino.
Além dos destaques em todo o festival, também foram escolhidos os destaques por noite. Ao todo 140 troféus foram entregues em todas as modalidades. Para Arthur dos Santos, coreógrafo com trabalho renomado em diferentes cidades nas Danças Urbanas, o prêmio vai muito além de um troféu. Eu trabalho muito com crianças e adolescentes, então essa questão do ganhar e do perder é muito sensível ainda para eles. Saber que o meu aluno subiu ao palco, e mesmo não ganhando, se divertiu, conseguiu sair feliz, esse é o prêmio, enfatiza.
Além das competições o evento teve em sua programação atividades paralelas às competições, como a Feira do Dança, com sete expositores
entre comércio de alimentos e itens do setor. Cursos profissionalizantes com os jurados do evento também foram oferecidos. As aulas aconteceram em salas anexas ao Centro de Eventos e na Escola de Artes. Além disso, os grupos, escolas e alunos, puderam retirar a avaliação individual, por apresentação, feita pelos jurados, por área específica.
Todos os grupos puderam ter o retorno de sua avaliação técnica. Existe todo um trabalho por trás das apresentações e é importante que esse retorno aconteça e os profissionais ampliem seus horizontes, observem onde podem melhorar, o que podem mudar, como trabalhar melhor a sua proposta artística, explica a Diretora da Escola de Artes, Emanoélli Capello.
De acordo com a Secretária de Cultura Roselaine Vinhas, o Dança movimenta todo o Município. O Festival possibilita a descentralização da informação e do conhecimento, oportuniza que os profissionais atualizem informações, aprendam novas técnicas, troquem experiências. Essa movimentação influencia não somente o setor artístico, mas também todo o setor econômico de Chapecó, nesses quatro dias, envolvendo o trade turístico de Chapecó, disse.
Ao todo, passaram pelo Festival Dança Chapecó, no Teatro Municipal, apresentações no Palco Alternativo e nos cursos oferecidos, cerca de 5 mil pessoas.