O 1º de dezembro é dia de luta contra a AIDS e durante todo o mês são intensificadas as iniciativas voltadas à prevenção contra a doença. Dentro dessa proposta a Secretaria de Saúde de Chapecó, realizará uma série de atividades pelo Hospital Dia do Município que é o serviço de referência para os municípios da região no acompanhamento e tratamento às pessoas com HIV/AIDS dispondo de equipe multidisciplinar.
A data foi estabelecida em 1987 pela Assembleia Mundial de Saúde, juntamente à Organização das Nações Unidas (ONU), como uma forma de conscientizar a população sobre a doença, definida como Dia de Luta Contra a AIDS. Sendo assim, a data funciona até hoje como uma forma de diminuir o estígma e a discriminação e quebrar muitas concepções erradas sobre o dignóstico de HIV.
Uma das atividades realizadas foi direcionada as crianças que realizam acompanhamento e tratamento do Hiv/Aids no Serviço de Atendimento Especializado SAE. Foi um dia diferente para as crianças, com diversão proporcionada pelos palhaços, acadêmicos do curso de Enfermagem da UFFS, que com muito carinho tiraram sorrisos dos rostinhos. Além disso, a atividade foi de encerramento de ano e comemoração ao Natal antecipado das crianças que ganharam presentes. Várias empresas colaboraram para o evento ser realizado, tornando este momento mais descontraído e alegre, e toda a equipe do SAE contribuiu na organização para esse momento ser mágico. Esse momento também serviu para sensibilizar os pais e seus familiares, para o acompanhamento e tratamento contínuos destas crianças e proporcionar horas de lazer e interação com a equipe, comentou Vanise Putzel, coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado.
Outra atividade que acontecerá será no sábado (01/12). Neste dia acontecerá mutirão de conscientização de prevenção do HIV/AIDS, com a utilização de testes rápidos para Hiv, Sífilis e Hepatites B e C. A atividade acontecerá na rua Clevelândia,152E - Centro, das 13h as 17h no Terminal Urbano. Atualmente a população recebe orientações sobre prevenção e transmissão do HIV em vários espaços; na saúde, educação, mídia etc, e não se trabalha mais com grupos de risco, e sim comportamento de risco, mesmo assim existe muito preconceito sobre a doença, enfatizou.
O Serviço de Atendimento Especializado (SAE) atende a pessoa vivendo com HIV/AIDS (PVHA) de Chapecó e outros 36 municípios vizinhos pactuados. A principal atividade é o atendimento da pessoa vivendo com HIV/AIDS e seus parceiros que não possuem o vírus (sorodiferentes),além da Profilaxia Pós Exposição (PEP), indicada em casos de violência sexual, exposição ocupacional e relações sexuais consentidas em que não houve o uso do preservativo. O atendimento ofertado aos usuários é realizado por uma equipe multiprofissional nas áreas de medicina (infectologista e clínico geral), enfermagem (enfermeiros e auxiliares de enfermagem), farmácia, psicologia e assistência social. Com atendimentos individuais e trabalhos em grupo, além de atender solicitações de empresas/instituições no que se refere à temática das infecções sexualmente transmissíveis (IST), com enfoque na prevenção da transmissão das IST e testagem rápida para diagnóstico precoce.
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Vanise explica ainda que uma das formas de transmissão do vírus do HIV é através da mãe para o filho durante a gestação, chamada transmissão vertical. Segundo ela, é deste modo, que a maioria das crianças atendidas pelo serviço de Chapecó, adquiriu o vírus. É de grande importância a gestante realizar o pré-natal o mais precoce possível, para que seja direcionada ao atendimento especializado caso se confirme o diagnóstico de HIV/AIDS, enfatizou. Ela esclarece ainda que uma criança nascida de mãe vivendo com HIV/AIDS apresenta os anticorpos maternos até os 18 meses. A partir desta idade a criança tem anticorpos próprios que podem não ser detectados em exames, quando realizadas todas as condutas de pré-natal e de profilaxia adequadas, além da impossibilidade da amamentação.
Desde que os números começaram a ser contabilizados, em 1984, a região de Chapecó, composta por 37 municípios, registrou 2,466 casos de HIV/Aids; destes 1,463 em homens e 1,003 em mulheres. Estão em acompanhamento 1,279 pacientes, destes 721 homens e 558 mulheres. 229 pacientes abandonaram o tratamento, destes 141 homens e 88 mulheres. 381 óbitos ocorreram desde 1984; destes 247 homens e 134 mulheres. 541 pacientes pediram transferência de cidade para continuar o tratamento, destes 340 homens e 201 mulheres. 06 pacientes gestantes receberam tratamento, acompanhamento e orientação. 30 crianças realizaram investigação de criança exposta ao HIV, destes 14 meninos e 16 meninas.
AIDS
A sigla em inglês significa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus ataca o sistema imunológico responsável pelas defesas naturais do organismo. A doença vem sendo combatida desde 1981, quando foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos. 1º de dezembro Dia Mundial de luta contra a Aids, foi escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para ser uma data de combate contra a doença, e também de mobilização da opinião pública sobre a gravidade da doença. Amenizar o preconceito sofrido pelos portadores do HIV, o vírus causador da Aids também um dos objetivos da campanha. No Brasil, a data foi estabelecida desde 1988, a fim de alertar a população sobre as formas de transmissão da doença e os avanços da mesma pelo país.