Chapecó, 02/09/2019, segunda-feira A terceira idade é uma fase da vida em que o conhecimento acumulado ao longo das experiências vividas está em alta, os filtros afetivos em baixa, a vontade de viver extrapola através dos sorrisos e das novas oportunidades que surgem. Em recente reportagem do site Agência IBGE de Notícias, idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais e, no Brasil atualmente somam mais de28 milhões de pessoas representando 13% da população do país. Percentual este que se multiplicará nas próximas décadas.
Em Chapecó-SC, há 11 anos foi solidificado o espaço chamado Cidade do Idoso, é um lugar de muitas opções para todas as pessoas com mais de 60 anos participarem ativamente. Lá eles optam, após criteriosa avaliação médica, por uma ou mais das atividades, oficinas ou jogos que se identificam para participar. Vai desde aula de alfabetização, artesanato, dança, música, pilates, hidroginástica, caminhada orientada, informática, entre outras.
Há aproximadamente um ano existe na Cidade do Idoso, uma Feira na qual os idosos expõe e comercializam suas produções, sejam elas artesanais ou agrícolas. Segundo a coordenadora da Cidade do Idoso, Ivete Valdameri Scapinello, sentimos a necessidade de criar uma feira entre os idosos que frequentam a Cidade do Idoso então realizamos o regulamento e a ficha de inscrição e os produtos são de artesanato e produtos agrícolas, confeccionados pelos próprios idosos que vendem aos colegas com preço acessível.
A feira é mensal e se transformou em um momento de muita integração, onde todos querem mostrar sua capacidade de reinventar-se apresentando novas criações a cada exposição e ainda tem a possibilidade de complementar a renda, pois, muitas vezes os idosos contribuem ou são responsáveis pelo principal rendimento nas famílias. O Senhor Albino Pagnussat é separado, mora sozinho, tem 3 filhos, 2 netos e aos 65 anos conta orgulhoso que ama o que faz e que começou fazer os tapetes de malha após ver e aprender mais nas oficinas e que a feira o motivou a produzir mais. Já a Dona Teresinha Onice Cardoso, aposentada de 61 anos, tem quatro filhos e é separada. Passou por cirurgia de coluna e após os 60 anos se viu motivada a ir em frente no artesanato e na vida e nunca mais parar.
O andar compassado e os gestos mais lentos em nada ofuscam o brilho nos olhos e os sorrisos largos que a descoberta de novas habilidades e possibilidades de se reinventar após os 60 anos traz à vida destes senhores e senhoras. A energia e a vitalidade para novos projetosque esta geração de idosos tem, nem de longe os fazem ser considerados de velhos. Há muita alegria e integração entre os participantes da Feira. (Texto e fotos: Cíntia Bacher estudante de Jornalismo.)