Chapecó, 22/11/2019, sexta-feira O dia 1º de Dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data esta estabelecida em 1987 pela Assembleia Mundial de Saúde, juntamente à Organização das Nações Unidas (ONU), como uma forma de incentivar o combate e prevenção à doença causada pelo vírus do HIV. Chapecó instituiu 1º de Dezembro como o dia da luta contra a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) sancionado pela lei 6.856 de 18/04/2016 o Programa Dezembro Vermelho. Com isso, são realizadas anualmente ações educativas e preventivas referente à doença.
No dia 23 de novembro, sábado, a equipe de saúde estará no Terminal Urbano em parceria com Associação dos Diabéticos oferecendo testagem rápida em uma atividade do Novembro Azul. Além disso, no sábado (30), as equipes estarão no Quartel Aberto, evento organizado pela Polícia Militar, também oferecendo os testes rápidos. Também o objetivo é aumentar a oferta de testes rápidos nos Centros de Saúde da Família, que estão estruturadas e capacitadas para testagem, proporcionando diagnóstico e tratamento precoce.
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Com o passar do tempo, o HIV pode destruir essas células de tal forma que o organismo se torna incapaz de lutar eficientemente contra infecções e doenças, levando à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a Aids. Atualmente cerca de 37,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com HIV. Desde o início da epidemia, em 1981, aproximadamente 74,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV, e 32 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS (Unaids 2019).
Segundo boletim epidemiológico do Ministério da saúde em 2017, 73% (30.659) dos novos casos de HIV ocorreram no sexo masculino. Um em cada cinco novos casos de HIV estão entre homens de 15 a 24 anos. A juventude é uma das fases mais fragilizadas que a pessoa vivencia, com várias mudanças hormonais, comportamentais e de escolhas tanto profissionais quanto pessoais, sendo muito importante o acesso à informação e á prevenção.
O serviço de Atendimento Especializado (SAE) atende no momento 1.459 pessoas vivendo com Hiv/Aids que residem em Chapecó e 36 municípios pactuados. Desde 1984 foram atendidas pelo setor 2.690 casos e 404 pessoas perderam a batalha para o vírus. Há muitas pessoas vivendo com Hiv que não sabem que estão com o vírus, podendo viver anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas, ou de mãe para filho durante a gravidez e amamentação.
Por isso, é importante fazer o teste rotineiramente e se proteger em todas as situações, usando o preservativo masculino (camisinha) ou o preservativo feminino, que são os métodos mais eficazes para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, como o hiv, hepatites, sífilis e outras, além de evitar a gravidez não planejada. O gel lubrificante, que deve ser sempre à base de água para não danificar o preservativo, tem um papel na prevenção da transmissão sexual do HIV. Seu uso nas relações sexuais diminui o atrito e a possibilidade de provocar microlesões das mucosas genitais e anais, que funcionam como porta de entrada para o HIV e outros microorganismos.
O preservativo masculino, feminino e o gel lubrificante são disponibilizados gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Nas unidades de Saúde do município de Chapecó, tem disponível os testes rápidos para Hiv, Sífilis e hepatites. O exame do HIV é sigiloso, individual, confiável, gratuito e rápido. O resultado fica pronto em poucos minutos. Quanto mais cedo descobrir que tem o HIV e iniciar o tratamento antirretroviral melhor vai ser a resposta contra o vírus. O tratamento do HIV é feito com medicamentos antirretrovirais (ARV), popularmente conhecido como coquetel. Ele pode prolongar a vida da maioria das pessoas vivendo com HIV/AIDS e diminuir a chance de transmissão.
Atualmente, não existe cura para o HIV. O vírus permanecerá no organismo a vida toda, mas cientistas e autoridades mundiais trabalham arduamente para encontrá-la, enquanto isso, com medicações apropriadas, o HIV pode ser controlado. Atualmente, existe outra forma de prevenção: A PEP (Profilaxia Pós-exposição), Tratase da utilização de medicação antirretroviral após qualquer situação em que exista risco de contato com o vírus HIV, como: Violência sexual, relação sexual desprotegida (sem uso de camisinha ou com rompimento de camisinha), Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
A medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo por isso a importância de se iniciar esta profilaxia o mais rápido possível após o contato: (Em até 72 horas), sendo o tratamento mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. O tratamento deve ser seguido por 28 dias. Serviços que dispõem da medicação em Chapecó: Hospital Regional do Oeste, Hospital da Unimed, UPA, Pronto Atendimento Efapi e no SAE Serviço de atendimento Especializado HIV/AIDS de (segunda a sexta das 07:00 às 19:00). Às gestantes ressaltamos a importância do acompanhamento do Pré-Natal com a realização dos exames do HIV, Hepatites e Sífilis, a fim de impedir a transmissão dessas doenças para seus filhos.
O Serviço de Atendimento Especializado em HIV/AIDS (SAE) vem fortalecendo suas ações educativas, orientando o uso, e aumentando a oferta dos preservativos femininos e masculinos, associado com gel lubrificante, em uma abordagem da prevenção combinada, além de informar amplamente sobre o uso da Profilaxia Pós Exposição (PEP), estimulando a testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites B e C nas 26 unidades de Saúde de Chapecó. Neste dia 1º de Dezembro devemos nos energizar para o enfrentamento dos desafios para avançar rumo ao fim da epidemia de Aids. É necessário integrar todos os níveis da assistência, fortalecendo o processo de trabalho, visando colocar as pessoas no centro das ações, orientando e aconselhando para a prevenção de IST, e aquelas que vivem com HIV/AIDS, vivendo com qualidade de vida e adesão ao tratamento.