O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, realizou uma transmissão em redes sociais nesta sexta-feira, para ressaltar as ações adotadas pela Administração Municipal no enfrentamento à Covid. Nesta sexta-feira o número de internados nos hospitais públicos e privados chegou a 77, mesmo número de 31 de dezembro de 2020.
João Rodrigues ressaltou que, no inÃcio de janeiro a situação da Covid era de estabilidade. No final de janeiro e inÃcio de fevereiro o número de ativos começou a subir.
Já estava circulando na cidade, desde dezembro, a Cepa P1, vinda de Manaus, e que posterior mente foi confirmada, juntamente com outras duas Cepas, a P2 e N9, que causaram a explosão de casos, superando 5,1 mil ativos no final de fevereiro, e 5,5 mil no inÃcio de março.
Logo nos primeiros dias de fevereiro o prefeito foi a Florianópolis, solicitar mais respiradores e ampliação de leitos ao secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro. Com o apoio do Governo do Estado e da direção do Hospital Regional do Oeste, foram ampliados gradativamente os leitos de UTI, de 35 para 103, e de enfermaria, de 29 para 55.
Também foram publicados decretos que gradativamente foram restringindo atividades, além de uma lei que definia multas para quem não cumprisse as regras de enfrentamento à Covid. Inclusive o comércio chegou a ser fechado durante 14 dias, segundo o prefeito para a estruturação do atendimento.
A Secretaria de Saúde estruturou 50 leitos de internação para pacientes de Covid na UPA 24h. No final de fevereiro, com o apoio de 30 respiradores do Governo Federal, resultado de uma visita a BrasÃlia, além de mais respiradores do Governo do Estado, empréstimo de equipamentos de universidades, compra de 50 camas pela Administração Municipal, doações de empresários e da comunidade em geral, foi aberto o Centro Avançado de Atendimento Covid (CAAC), com 75 leitos de UTI e 20 UTSI. Também foram contratados 130 profissionais para atendimento no hospital de campanha, UPA e unidades de saúde.
Durante pouco mais de um mês cerca de 200 pessoas foram atendidas no CAAC, com mais de 100 altas e 80 transferências.
Isso evitou que muitos pacientes ficassem sem leito, pois os hospitais de outras regiões do Estado também estavam lotados. O número de internações em Chapecó chegou a 351 no inÃcio de março contando com pacientes de toda a região.
Também em março foi aberto o Ambulatório Verdão de Tratamento Imediato. Além disso foram adquiridos mais de 40 mil testes de Covid, para testagem em massa.
Graças à s medidas adotadas os ativos caÃram para 818 em 31 de março, contra mais de cinco mil no inÃcio do mês.
As internações foram diminuÃndo, possibilitando o fechamento do hospital de campanha e o empréstimo de equipamentos para outras cidades. O então ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, em visita a Chapecó, disse que a cidade era exemplo para o paÃs.
Tanto que posteriormente vieram o presidente Bolsonaro, acompanhado de outros ministros, inclusive o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Os óbitos, que chegaram a 20 num dia, no inÃcio de março, passaram a uma média de dois por dia em abril e, um por dia, a partir de maio.
Para manter o controle da doença foi lançada a Operação Lockdown Inverso, com monitoramento dos positivados por mais de 300 agentes de saúde e força de segurança. Também foram implantadas duas unidades móveis de testagem e atendimento.
Posteriormente foi criado o Centro Especializado de Reabilitação Pós-Covid, para tratar das sequelas da doença. A vacinação de Chapecó também se destacou pela agilidade, em muitos momentos liderando a imunização entre as principais cidades de Santa Catarina.
“Não fui um covarde que ficou se escondendo atrás de lockdown e pondo a culpa no governo. Nós trabalhamos muito para ampliar os leitos, ampliar os atendimentos e salvar vidas”, disse o prefeito.
Tanto que Chapecó tem recebido missões e pedidos de dezenas de municÃpios do Brasil, sobre as ações adotadas no enfrentamento da pandemia.