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Monumento O Desbravador é reinaugurado após restauração

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Na véspera do aniversário de 105 anos de Chapecó, um dos maiores símbolos da cidade, o monumento O Desbravador, de Paulo de Siqueira, foi reinaugurado, após a restauração, que durou cerca de um mês e meio.

“Devolver à comunidade a maior obra de Paulo de Siqueira é um ato de comprometimento da administração de Chapecó com a memória do Município e do Oeste Catarinense”, disse a Presidente da Fundação Cultural de Chapecó, Roselaine Vinhas.

Ela ressaltou que a obra, construída em sucata, necessita de periódica restauração, para manter sua “saúde”. Foram consertados pontos de oxidação, implantados reforços estruturais, troca de chapas e restauração de peças, além de nova pintura para proteger a obra das intempéries climáticas.

O monumento tem 14 metros de altura e pesa nove toneladas. Localizado no canteiro central da Avenida Getúlio Vargas, ao lado de outro símbolo de Chapecó, a Catedral Santo Antônio, O Desbravador foi tombado pelo Decreto Nº 38.545, de 27 de fevereiro de 2020. O Município é o responsável pela sua manutenção.

Em 1980, o fotógrafo Victorino Biazio Zolet, por meio do Lions Clube de Chapecó, foi o responsável pelo encaminhamento da moção, apreciada e aprovada pelo clube, ao então Prefeito Milton Sander para a implantação de um monumento em praça pública. O objetivo era de homenagear "os desbravadores" que aqui chegaram, além de registrar uma parte da história de Chapecó e servir de marco visual para a cidade. A Administração Municipal convidou o artista gaúcho Paulo de Siqueira para a construção do monumento, inaugurado no dia 25 de agosto de 1981 por ocasião do 64º aniversário de emancipação político-administrativa de Chapecó.

Paulo de Siqueira foi um dos maiores artistas plásticos da região Sul do Brasil, com uma extensa produção difundida em diversas linguagens como pintura e desenho, representados na maior parte das vezes por esboços de suas criações tridimensionais, obtendo a partir de 1980 uma rica produção artística com base em esculturas e monumentos que o consagraram como referência presente em acervos particulares, públicos, praças e galerias - não somente no Brasil como também em outros países latino-americanos.

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, disse que o monumento é uma das imagens que identifica o município.

“Esta é uma obra de referência de Paulo de Siqueira, que também tem outras obras espalhadas pela cidade. Por isso a administração priorizou a restauração antes que isso fosse inviável. Agradecemos a parceria com o Ministério Público e o Fundo de Recuperação de Bens Lesados, com o qual também vamos recuperar o prédio da antiga Prefeitura, onde atualmente temos o museu”, destacou João Rodrigues.

De acordo com o presidente do Fundo, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Valmor Scolari, foram destinados R$ 200 mil para a obra. Outros R$ 24,2 mil foi a contrapartida da Prefeitura, totalizando R$ 224,2 mil.

No mesmo ato foi assinada a ordem de serviço para a reforma e recuperação do prédio que foi sede da Prefeitura em 1950, na Avenida Getúlio Vargas, próximo ao Monumento O Desbravador. O investimento, também do Fundo de Recuperação de Bens Lesados, será de R$ 184.295,22.

O prédio no estilo Eclético em alvenaria, sem vigas de forma parede sobre parede, com área de 609,49 m², foi construído no início da década de 1940, concluído em 1950. A edificação de cor amarela localizada na região central de Chapecó também foi sede da Câmara Municipal de Vereadores, do Fórum da Comarca de Chapecó e atualmente abriga o Museu de História e Arte de Chapecó, o Museu Selistre de Campos e abriga também a reserva técnica do Museu da colonização. Foi tombado pelo Decreto Nº 17.594, de 27 de novembro de 2007.

Também participaram do ato o gerente de Empreendedorismo, Projetos e Eventos da Fundação Cultural, Fellipe de Quadros, a gerente de Patrimônio Histórico e Memória da Fundação Cultural, Sílvia Baggio, o vice-presidente da Câmara de Vereadores, Nelson Krombauer, além de artistas e responsáveis pela restauração, outros vereadores e secretários municipais.