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Chapecó adere a Declaração de Paris no combate ao HIV

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Com as ações já realizadas, Chapecó é um dos municípios referência em Santa Catarina

Chapecó é um dos municípios catarinenses que assinou a Declaração de Paris. O ato aconteceu durante o Congresso de Prefeitos da Federação Catarinense de Municípios – FECAM, nesta quarta-feira (13) em Florianópolis. A Declaração de Paris foi resultado de uma iniciativa lançada no Dia Mundial de Luta contra a AIDS em 2014, na qual prefeitos de todo o mundo foram chamados para firmarem o compromisso de Acelerar a Resposta para o fim da epidemia da AIDS em suas cidades. Entre os compromissos, está o alcance das metas 90-90-90, o que significa ter, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV sabendo que tem o vírus, 90% das pessoas diagnosticadas com HIV recebendo tratamento; 90% das pessoas em tratamento com carga viral indetectável, além de Zero Discriminação.

Compromisso dos prefeitos

- Acabar com a epidemia de AIDS nas cidades em 2030;

- Colocar as pessoas no centro de todas as nossas ações;

- Enfrentar as causas do risco, das vulnerabilidades e da transmissão do HIV;

- Usar nossa resposta à AIDS para uma transformação social positiva;

- Construir e acelerar uma resposta adequada às necessidades locais;

- Mobilizar recursos para a saúde pública e um desenvolvimento integrado;

- Unirmo-nos como líderes

Números em Chapecó

Desde que os números começaram a ser contabilizados, em 1984, a região de Chapecó, composta por 37 municípios, registrou 2292 casos de HIV/Aids; destes 1338 em homens e 954 em mulheres. Estão em acompanhamento 1189 pacientes, destes 653 homens e 536 mulheres. 202 pacientes abandonaram o tratamento, destes 128 homens e 74 mulheres. 372 óbitos ocorreram desde 1984; destes 239 homens e 133 mulheres. 492 pacientes pediram transferência de cidade para continuar o tratamento, destes 305 homens e 187 mulheres. 10 pacientes gestantes receberam tratamento, acompanhamento e orientação. 27 crianças realizaram destes de investigação da doença, destes 13 meninos e 14 meninas.

Atendimento

12 municípios catarinenses fazem parte da Comissão Interfederativa: Florianópolis, São José, Palhoça, Itajaí, Balneário Camboriu, Joinville, Blumenau, Brusque, Chapecó, Lages, Criciúma e Jaraguá do Sul. Destes, apenas Chapeco e Florianópolis estão realizando todas as ações preconizadas pela DIVE – Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Um dos itens que eles solicitam é a oferta de Testes Rápidos em toda rede de saúde, em Chapecó o índice de testes rápidos está em 100% de testagem.

Nos últimos anos, alguns municípios brasileiros vêm conseguindo obter melhoria na atenção às pessoas vivendo com HIV-Aids (PVHA) a partir da implantação de um novo modelo assistencial ao HIV/Aids, de modo que ações de atenção ao HIV não são centradas unicamente em serviços especializados e sim na lógica de matriciamento, em que diferentes níveis de atenção participam de diferentes pontos da linha de cuidado ao HIV/aids.

Em Chapecó tem como serviços que atendem à PVHA o SAE que no momento é referência para as portas de entrada para PVHA. Os serviços que atendem á PVHA são: Pela Rede Básica de Atenção à Saúde. Unidades hospitalares do município e região pactuada, Hospital da Criança, Pronto Atendimento da Efapi, UPA 24 horas, Laboratório Municipal, Consultórios particulares, Clínica da Mulher no Pré Natal de alto risco em caso de gestantes vivendo com hiv/aids, Setor de Tuberculose e Hepatites Virais nos coinfectados, Caps, Centro de Especialidades Odontológicas, Ambulatório de Sífilis, Presídio, Penitenciária e Gapa.

O Serviço de Atendimento Especializado – SAE/Hospital Dia atende na Rua Borges de Medeiros, 50-E nas proximidades da Arena Condá. Sua área da abrangência contempla além de Chapecó usuários de outros 36 municípios vizinhos pactuados. O serviço tem como público atendido usuários/pacientes soropositivos (que tem o vírus do HIV) e seus parceiros que não possuem o vírus, gestantes soropositivas, crianças expostas ao vírus (durante a gestação de mãe soropositiva), vítimas de violência sexual, profissionais que tiveram contato com material biológico (exposição ocupacional) e usuários/pacientes que necessitam de profilaxia pós exposição sexual – PEP.

O SAE/HDI disponibiliza para o atendimento profissionais das áreas de medicina (infectologista e clínico geral), enfermagem (enfermeiros e auxiliares de enfermagem), farmácia, nutrição, psicologia e assistência social. No serviço são desenvolvidos atendimentos individuais, trabalhos em grupo, além de atender solicitações de empresas/instituições no que se refere à doenças sexualmente transmissíveis, com enfoque na prevenção da transmissão do vírus HIV. A estrutura tem horário de atendimento das 7h às 19h, sendo que a farmácia que disponibiliza somente medicamentos antirretrovirais.